Sobre

Jacintho Antonio Lopes

 

71. Sebastião Rodrigues Barcelos (Silvana Eulália De Azevedo , Francisco de Azevedo e Souza , José de Azevedo e ) nasceu em 16 agôsto 1837 em Freguezia de Sant'Ana/RJ (Brasil). Ele faleceu em 14 janeiro 1869 em Pelotas/RS, Brasil. Sebastião em 1861 Faculdade de Direito de São Paulo.

Sebastião casou-se com Isabel Eugênia Lopes, filha de Jacinto Antônio Lopes e Carolina Corrêa, em 12 fevereiro 1866 em Santa Isabel, Arroio Grande/RS, Brasil. Isabel nasceu em 03 maio 1842 em Santa Isabel, Arroio Grande/RS, Brasil. Ela faleceu em 03 maio 1934 em Rio de Janeiro/RJ, Brasil.

Eles tiveram os seguintes filhos

  214 F i Silvana Lopes Barcelos nasceu em 25 março 1867 em Pelotas/RS, Brasil. Ela faleceu em 27 setembro 1867 em Pelotas/RS, Brasil.

 

Mario Osório Magalhães :
momagalhaes@diariopopular.com.br


Vulgo Costinha
Um distinto e extinto cidadão pelotense publicou em 1944, aqui no Diário Popular, saboroso texto em que retrata, com riqueza de detalhes, o florescimento da indústria saladeiril em Pelotas. Entre outras qualidades, seu artigo nos permite conhecer os apelidos pelos quais a comunidade identificava, na época em que viveram, alguns dos charqueadores locais.
Em regra geral, os apelidos, por devassarem uma intimidade e, muitas vezes, uma fraqueza - por tornarem público o que devia permanecer privado — , são radicalmente rejeitados. Mas neste caso tenho certeza de que eram benevolamente aceitos. Não só por sua própria natureza: também porque o autor se confessa, em todos os parágrafos, um verdadeiro devoto da obra desses charqueadores. Não haveria de contrariá-los, inscrevendo para a posteridade (mesmo que na perenidade incerta de um artigo de jornal) qualquer cognome que lhes pudesse parecer inconfessável.
De qualquer modo, a simples revelação dos apelidos — e o fato de sabermos que aqueles “principais da terra” respondiam por um vocábulo pequeno e íntimo, à margem dos seus sempre extensos nomes de batismo — faz com que a sua imagem se torne, para nós, bem mais humana. Faz com que os seus temperamentos nos pareçam, mesmo à distância, bem menos ásperos, bem menos rígidos, bem menos ríspidos (expressões que utilizei, domingo passado, para classificar psicologicamente esses mesmos empresários).
Não poderia ser tão severo, por exemplo, um industrial que se assinava Francisco Antunes Gomes da Costa, que exibia com alarde o título de Barão do Arroio Grande, mas que, diante dos amigos, diante da família, atendia com naturalidade se acaso lhe chamassem, reservadamente, de Costinha.
Outros charqueadores cujos epítetos significavam, igualmente, corruptelas dos seus próprios nomes, foram Joaquim da Silva Tavares, Barão de Santa Tecla, conhecido como Quincas Silva; Manuel Rafael Vieira da Cunha, o Maneca Rafael; José Bento de Campos, o Cazuza Bento; Antônio José de Azevedo Machado, o Machadinho; Heliodoro de Azevedo e Souza Filho, o Heliodorinho; e João da Silva Tavares, o Joanica.
Houve apelidos que identificaram os charqueadores com topônimos locais, como é o caso de
Jacinto Antônio Lopes, o Jacinto do Beco; Manuel Bento da Fontoura, o Laranjal; Leonício Antero da Silveira, o Leonício da Ilha; e Bernardino Maia, o Boca do Arroio. Ou com objetos e animais, como Manuel Batista Teixeira, o Maneca Espada, e Antônio da Silva Maia, o Maia Rato.
Por deficiência física, Quíncio Barcellos era chamado de Surdo. Bernardino Barcellos, por sua vez, era o Sinhô. João Jacinto Mendonça de Azevedo, o Juó. Joaquim José de Assumpção, Barão de Jarau, era o Quincas Patrão, por ter sido, na mocidade, patrão de iate. E Domingos Soares Barbosa, por fim, era o Le Roy - nome do purgante que obrigava os escravos a ingerirem quando supunha que se fingiam de doentes...
Mas quase ia deixando de nomear o autor da memória: Zeferino Costa, coronel da Guarda Nacional. Tinha ele também a sua alcunha. Era o Coronel Ferico, para os íntimos.
Mencionei, no artigo anterior, o que disse Hermmann Blumenau, em 1846, acerca dos charqueadores de Pelotas: pareceram-lhe “geralmente gente bruta”.
Não era melhor a opinião de Luís Braga, procurador de Jacob Rheingantz — fundador da atual cidade de São Lourenço do Sul. Escreveu-lhe o seguinte, em carta de 31 de março de 1857: “São poucos os homens de fortuna em Pelotas que possam conhecer as vantagens de uma colônia bem estabelecida, pois eles só gostam de ver os seus dinheiros amontoados e sem aplicação alguma para benefício seu e do público: esta é a ilustração destes ricos que só enxergam a ponta do nariz”.

Charqueada São João 1810

A Charqueada São João, localizada às margens do Arroio Pelotas, é um dos locais mais belos do Rio Grande do Sul.
 

 

A casa que guarda uma parte da história do Rio Grande do Sul foi comprada por Rafael Dias Mazza, em 1952, como presente para sua esposa Nóris Moreira Mazza.
Em 2000 abre suas portas para oferecer uma viagem no tempo, sendo desde então um dos lugares mais visitados no Estado


Foto/Leonardo Custódio

 

Seu primeiro proprietário, Antônio José Gonçalves Chaves, em 1820 hospedou o naturalista francês Auguste Saint Hilaire, que em seu livro "Viagem ao Rio Grande do Sul" a descreve:

Margem do rio Pelotas, 6 de setembro, 1820. - "Dada a hora avançada de nossa chegada a casa do Sr Chaves, nada pude dizer ainda a respeito. A casa está situada do modo mais favorável, pois os iates podem chegar até junto dela. A residência do proprietário é de um pavimento apenas, porém grande, coberta com telhas e um pouco elevado do solo. Interiormente é dividida em grandes peças que se comunicam umas com as outras e que ao mesmo tempo se abrem para foraHospedaram-me num quarto pouco iluminado, dando para uma sala de refeições, gênero de distribuição comum em todo Brasil.

Mesas, cadeiras e canapés compõem o mobiliário do Sr. Chaves. As cômodas e as secretárias são móveis completamente modernos no Brasil e somente encontradiços em um número exíguo de casas.O rio Pelotas tem quase a largura do Essonne em Pithiviers, passa ao lado da habitação serpenteando em uma vasta planície, tendo ao lado oposto uma pequena encosta, onde se vêem algumas casas cobertas de telha. Diante da residência do Sr. Chaves estende-se um belo gramado e além vêem-se várias fileiras, compridas, de grossos paus fincados na terra. Têm cerca de quatro pés, sendo cada um terminado por pequena forquilha. Essas forquilhas recebem varões transversais destinados a estender a carne seca no tempo das charqueadas.
Ao lado desses secadouros existe o edifício onde se salga a carne e onde é construído o reservatório, denominado de tanque".
 


O nome Charqueada São João foi, provavelmente, uma homenagem de Antônio José Gonçalves Chaves ao seu filho João Maria.
Os filhos de Gonçalves Chaves, Antônio José e João Maria, compartilharam das propriedades que foram de seu pai.
O complexo saladeril passou, mais tarde, ao genro de João Maria Chaves,
Jacinto Antônio Lopes Filho, casado com Maria Salomé Chaves.
No início do século XX, a propriedade pertenceu a João Tamboridengui.


Fontes:
> Viagem ao Rio Grande do Sul,
Auguste Saint Hilaire

>
100 Imagens da Arquitetura Pelotense,
Rosa Maria Garcia Rolim de Moura e Andrey Rosenthal Schlee.
> Negros, Charqueadas e Olarias,
Ester J.B.Gutierrez

 

Fontes: 
Diário Popular via internet -
http://www.diariopopular.com.br/21_01_07/mario.html
 http://www.sejalider.com.br/familia/azevedo/pafg05.htm
http://www.charqueadasaojoao.com.br/historia.htm

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