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Corrêa
Brum

Brum da Câmara

Brum de Oliveira
Brum da Silveira
Faustino Corrêa
Mirapalheta ou Mirapalheta
Oliveira
Porciúncula

Silveira

 

 

 

 

Origens do Sobrenome
 

 

 

 

Sobrenome Corrêa, primitivamente alcunha. De correia, subst. com. Leite Vasconcelos, considera de origem geográfica (Antenor Nascentes, II,81). Família originária da vila de Salceda, comarca de Túy, prov. de Pontevedra, na Galiza, Espanha(Anuário Genealógico Latino, I, 36; Carrafa, XXVII, 196).
 

Em Portugal, procede de Paio Ramiro, cavaleiro português, rico-homem, que passou àquele país com o conde D. Henrique em 1089. Entre os seus descendentes, registra-se seu terceiro neto D. Paio Corrêa, mestre da ordem de Santiago em toda a Espanha (Sanches Baena, II,52).
 

Brasil: Numerosas foram as famílias, que passaram com este sobrenome para diversas partes do Brasil, em várias ocasiões. Não se pode considerar que todos os Corrêas existentes no Brasil, mesmo procedentes de Portugal, sejam parentes, porque são inúmeras as famílias que adotaram este sobrenome pela simples razão de ser de origem geográfica (do lugar de Corrêa), ou de uma alcunha. O mesmo se aplica no campo da heráldica. Jamais se pode considerar que uma Carta de Brasão de Armas de um antigo Corrêa se estenda a todos aqueles que apresentam este mesmo sobrenome, porque não possuem a mesma origem.
 

No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, encontra-se a família do cap. João Antônio Correia [c.1592 - RJ], filho de Antônio Correia, que deixou descendência, a partir de 1622, com Ana de Azeredo [c.1602 - 1675, RJ] (Rheingantz, I,379). Rheingantz registra mais 125 famílias com este sobrenome, nos sécs. XVI e XVII, que deixaram numerosa descendência no Rio de Janeiro. Em São Paulo, entre as mais antigas, cabe registrar a família de Geraldo Corrêa, nat. de Braga, que, em 1595, já residia em S. Paulo, onde deixou geração de seu cas. com Maria Soares. Fal. em 1668 (AM, Piratininga, 41).


Ainda, em São Paulo, com ramificações na Colônia do Sacramento, registram-se a família Félix Corrêa (v.s.) e a família de Sebastião Fernandes Corrêa, natural de Santa Eulália. 1º Provedor Proprietário e Contador da fazenda Real da Capitania de São Vicente e de São Paulo. Deixou numerosa descendência do seu cas., c.1618, com Ana Ribeiro, filha de Sebastião de Freitas, patriarca desta família Freitas (v.s.), de São Paulo.
 

Na Bahia, entre outras, registra-se a família de Pedro Vaz Correia, que mereceu do rei distintas mercês, pelos serviços prestados na Índia. Deixou geração de seu casamento com Felipa de Santiago, filha de Tomé Fernandes Baião, patriarca desta família Baião (v.s.), na Bahia (Jaboatão, 868).

No Maranhão, entre as mais antigas, encontra-se a de Agostinho Corrêa, um dos «povoadores de S. Luiz», que foi Governador e Capitão General do Estado do Maranhão (1656), e que deixou descendência. Ainda no Maranhão, de origem portuguesa, há a antiga família de João Correia, o Português, natural da Vila do Conde. Entre os seus descendentes, registram-se:
I - a filha, Brites Dias Correia, uma das matriarcas da família Lucena de Azevedo (v.s.), espalhada pelo nordeste brasileiro, por seu casamento com Vasco Fernandes de Azevedo, Fidalgo da Casa Real, «um dos primeiros descobridores e povoadores de Pernambuco», onde chegou em 1535, na mesma embarcação que conduziu seu primo, Duarte Coelho, o 1.º Donatário da Capitania de Pernambuco;
II - a terceira neta, Margarida Corrêa de Lucena, que foi casada com o Ouvidor Manuel de Araújo Cerveira, Juiz Presidente do Senado do Estado do Maranhão. Ouvidor da Capitania de Cumã (MA). Neto de Antônio de Cerveira da Câmara, chefe desta família Cerveira (v.s.), no Maranhão;
III - o quarto neto, Marcos Antônio de Azevedo, Fidalgo Cavaleiro e Ministro de Estado, de quem descendem os Montaury (v.s.), de Pernambuco e Rio de Janeiro;
IV - o quarto neto, Inácio Corrêa Coutinho da Cerveira, natural do Maranhão. Secretário de Estado. Casado com Simeana Furtado de Mendonça, descendente de Diogo de Campos Moreno, Sargento-Mor de todo Estado do Maranhão, conforme vai descrito no título dos Furtado de Mendonça (v.s.);
V - o sexto neto, Teodoro Corrêa de Azevedo Coutinho, capitão da cavalaria auxiliar, a quem se passou Carta de Brasão de Armas - detalhes adiante. Deixou geração do seu cas. com Antônia de Araújo Cerveira;
VI - o sétimo neto, José Teodoro Corrêa de Azeredo Coutinho, filho do anterior, barão de Mearim - detalhes adiante; VII - o sétimo neto, Tenente Antônio José Corrêa de Azevedo Coutinho, natural da cidade de São Luiz do Maranhão, a quem se passou Carta de Brasão de Armas - detalhes adiante.

 

Família de origem portuguesa estabelecida no Rio Grande do Sul, para onde passou, em 1840, José Maria Correia Júnior, natural de Portugal, filho de José Maria Correia da Silva Júnior e de Ana Joaquina Correia. Assinou termo de declaração, a 17.04.1845, onde informa ser católico, caixeiro e estar engajado na Caixa Militar de Porto Alegre. Ao registrar sua Carta de Naturalização, assinada por D. Pedro II em 15.01.1848, declarou ainda ser casado com uma brasileira e ter com ela dois filhos: uma menina de 22 meses e um varão com 4 meses (Spalding, naturalizações, 99).

 

Importante família estabelecida no Pará, procedente de Francisco Custódio Corrêa [c.1777 - a.1846], que deixou importante geração do seu casamento com Joana Victória de Souza. Entre os descendentes do casal:
I - o filho, Tenente-Coronel João Augusto Corrêa, negociante no Pará;
II - o filho, o Doutor Ângelo Custódio Corrêa [c.1807-], que foi casado, a 18.01.1846, em Belém [PA], com Ana Rufina de Souza Franco, irmã do barão de Souza Franco, filhos de Manuel João Franco e de Catarina de Souza, patriarcas desta família Souza Franco (v.s.), do Pará;
III - o filho, o comerciante José Joaquim de Freitas, que deixou geração do seu cas., por volta de 1825, com Teresa de Souza, irmã do citado barão de Souza Franco;
IV - o neto, Dr. Joaquim Pedro Corrêa de Freitas [17.08.1829, Cametá, PA - 12.04.1888, Belém, PA], aluno do seminário de Belém, no qual se matriculou em 1840. Seguiu com seu tio, D. Romualdo Antônio de Seixas, para a Bahia, onde foi estudar medicina. Depois de ausentar-se na Europa, retornou ao Pará em fins de 1855, sendo eleito Deputado à Assembléia Geral Legislativa. Lente das cadeiras de Geografia, do Liceu Paraense. Lente de francês do Colégio Paraense [1862]. Diretor Geral da Instrução Pública [1874-1880]. Autor de um Compêndio de Geografia e História do Brasil. Provedor da Santa Casa de Misericórdia. Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, das Sociedades Geográficas de Paris, Lisboa, Rio de Janeiro, e das Ciências Médicas de Portugal. Cavaleiro e Oficial da Ordem da Rosa. Tenente-Coronel da Guarda Nacional. Vice-Presidente da Província e, por oito vezes, eleito Deputado à Assembléia da mesma. Com geração (Alves da Cunha, Paraenses Ilustres, 122);
V - o bisneto, Dr. Joaquim Augusto de Andrade Freitas, Suplente do Juiz Substituto Seccional do estado do Pará [1896].

 

No Piauí, entre muitas, registra-se a família de Francisco Félix Correia, que deixou geração de seus dois casamentos: o primeiro, com Raimunda Rosa de Jesus; e o segundo, com a irmã da primeira esposa, Rosa Lina de Jesus, filha de Marcelino Tito Castelo Branco, da importante e tradicional família Castelo Branco (v.s.), do Piauí.

 

Linha Indígena: No Rio de Janeiro, entre outras, cabe registrar a família de André Correia, que deixou geração, em 1666, com Suzana, «mameluca»; e a de Antônio Correia, que deixou geração, em 1631, com Sebastiana, «do gentio da Terra» e da casa de Diogo de Montarroio (Rheingantz, I,366).

 

Linha Africana: Sobrenome também adotado por famílias de origem africana.

 

No Rio de Janeiro, entre outras, encontra-se a de Rufina Correia «parda», filha de Manuel Álvares e de Lourença, «moça parda», cas. em 1669, com Domingos Rodrigues Távora; e a de Antônio Correia, que deixou geração em 1630, com Lucrécia, «preta do gentio da Guiné» (Rheingantz, I,57,366).

 

Linha Natural: Em Minas Gerais, por exemplo, há registro de Manuel Corrêa da Cunha, nat. de Aiuruoca (MG), «filho natural» de Maria da Cruz, que foi cas., em 1818, em Itajubá (MG), com Maria Ferreira da Silva, nat. de Baependi (Monsenhor Lefort - Itajubá).

 

Linha das Órfãs da Rainha: Esta linha pertence a uma das filhas dos citados Pedro Vaz-Felipa, da Bahia, de nome Maria Corrêa, que foi casada com Manuel de Souza Dormundo. neto de Marta de Souza Lobo (sobrinha do conde de Sortella), uma das órfãs protegidas da rainha D. Catarina, enviadas, em 1551, ao Gov. do Brasil Thomé de Souza para casá-las com as pessoas principais que houvesse na terra. Marta Lobo foi casada na família Dormundo (v.s.); filha de Baltazar Lobo de Souza, patriarca desta família Lôbo de Souza (v.s.).

 

Linha de Degredo: Registra-se, no Auto-de-fé celebrado no Terreiro do Paço de Lisboa, a 11.10.1654, a condenação de seis (6) anos de degredo para o Brasil, de Jerônimo Correia, natural de Torres Novas e morador em S. Tomé, aonde servia de capitão, por se casar pela segunda vez (bigamia), sendo viva sua primeira mulher.

Registra-se, no Auto-de-fé celebrado no Terreiro do Paço de Lisboa, a 15.12.1658, a condenação de cinco (5) anos de degredo para o Brasil, de Juliana Correia, cristã nova, mulher de Afonso Rodrigo, natural da cidade de Elvas e moradora em Lisboa.

 

Cristãos Novos: Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497. No Rio de Janeiro, registra-se Ana Maria Correia, «cristã novo», filha de João Correia Ximenes, saiu no auto-de-fé de 1723.

 

Na Bahia, encontra-se Belchior Mendes Correia, «cristão novo», morador em Salvador, que saiu no auto-de-fé de 1731.

 

Na Paraíba, Diogo Nunes Correia, senhor de engenho na Paraíba, judaizante.

 

Em Minas Gerais, Luís Miguel Correia, morador em Vila Rica, Minas Gerais, roceiro, que saiu no auto-de-fé de 1732 (Wolff, Dic.I,44).

 

Sobrenome de algumas famílias de origem judaica estabelecidas, no Brasil, durante o período holandês. Entre outros, registram-se: Jacob Gabai Correia, documentado nos anos de 1641, 1645 e 1648 [Signatário dos estatutos da Congregação Tsur Israel, no Recife, Pernambuco]; Inês Corrêa, em 1645 e 1646; Isaac Correia e Simão Correia, documentado de 1630 a 1637 (Wolff, Brasil Holandês, 31).

 

Nobreza Titular:

 

I - ver visconde de Sande;

II - José Caetano Corrêa, que foi agraciado, por Decreto de 19.08.1888, com o título de barão de Tapajós;

III - Antônio José Correia, que foi agraciado, a 23.12.1887, com o título de barão do Rio Pardo (3.º);

IV - o brigadeiro José Teodoro Corrêa de Azevedo Coutinho [30.08.1775, Alcântara, MA - 11.03.1855, Alcântara, MA], do ramo do Maranhão, citado acima [item VI]. «Assentou praça na 1.ª companhia do têrço de infantaria da vila de Alcântara. Promovido aos postos superiores até coronel [24.06.1820]. Em 1844 foi reformado no pôsto de brigadeiro. Tempo de serviço: 45 anos, dois meses e dez dias. Presidente da Província do Maranhão [12.01.1842]» (Laurênio Lago, Acréscimos e Retificações, 146). Foi agraciado, por Dec. de 25.03.1849, com o título de barão de Mearim. Deixou geração do seu cas. com Maria Rita Joaquina de Araújo.

 

Heráldica:

 

em campo de ouro, fretado de corrêas de vermelho, repassadas umas por outras de 6 peças, 3 em banda e outras 3 em contrabanda.

Timbre: 2 braços armados de prata, com as mãos abertas e as palmas para frente, atados pelos pulsos com uma correia vermelha. Foram passadas outras Armas, para os ramos Corrêa Aguiar, Corrêa Barahem e os Corrêas de Belas.

 

Heráldica-Século XVI:

 

I - Antônio Correia Baharem, fidalgo da casa real. Brasão de Armas datado de 23.04.1544. Registrado na Chancelaria de D. João III, Livro XLI, fl. 15: um escudo esquartelado, no primeiro e no quarto quartel, as armas da família Correia: em campo vermelho, uma águia de preto, armada de prata, estendida, tendo nos peitos um escudo de ouro fretado de vermelho de grossas coticas; e no segundo e no terceiro quartel, as armas da família Melo (v.s.). Elmo de prata, aberto, guarnecido de ouro. Paquife de ouro e vermelho.

 

Timbre: a mesma águia do escudo com uma correia no bico.

 

Diferença:

uma flor-de-lis de prata. Filho de Jorge Correia, neto de Pedro Correia, bisneto de Gonçalo Correia (Sanches Baena, Archivo Heraldico, I, 1);

II - Carlos Corrêa - Carta de Brasão de 09.08.1549: as armas dos Corrêas.

Diferença: uma crescente de verde.

 

Brasil Heráldico:

I - Teodoro Corrêa de Azevedo Coutinho, do ramo do Maranhão, citado acima. Carta de Brasão de 06.05.1790;

II - Tenente Antônio José Corrêa de Azevedo Coutinho, filho do anterior, do ramo do Maranhão. Carta de Brasão de 10.03.1806. Registrada no Cartório da Nobreza, Livro VII, fl. 121 - um escudo esquartelado: no primeiro e no quarto quartel as armas da família Corrêa, descrita acima; no segundo quartel, as armas da família Azevedo (v.s.); e no terceiro quartel as armas da família Furtado de Mendonça (v.s.).

 

Origens do Sobrenome

Sobrenome de origem flamenga. Originariamente Bruyn. Antiga família flamenga, estabelecida nas Ilhas da Madeira e Terceira (Portugal), para onde passou, no último quartel do séc. XV, Wilhelm van der Bruyn, nat. de Maestricht, que deixou impressionante descendência de seu casamento com Violante Vaz Ferreira Pimentel, que tomaram as formas Brum da Silveira, Terra Brum, Brum do Canto, Cunha Brum, quase todas com ramificações no Brasil (Nobiliário da Ilha Terceira, Tomo I, 162).

 

Brasil: Inúmeras foram as famílias com este sobrenome que passaram ao Brasil.

 

No Rio de Janeiro, entre outras:

I - de origem espanhola, a do capitão João Tomáz Brum [c.1637, Sevilha, Espanha- 13.01.1686, Rio, RJ), filho de D. Manuel de Castro y Lara e de Beatriz Gomez de Santillan. Deixou geração de seu casamento, em 28.12.1667, Rio, com Branca Rodrigues Coutinho [bat. 23.11.1644, Rio, RJ - ?], filha de Manuel Gomes Mourão e neta de Miguel Cardoso, patriarca desta família Cardoso (v.s.), do Rio de Janeiro (Rheingantz, I, 270). Entre os descendentes do casal, registram-se:

I - o filho, Dr. Miguel de Castro e Lara [bat. 07.05.1670, Rio, RJ -] advogado. Com geração;

II - o neto, Dr. João Thomaz de Castro [bat. 30.09.1699, Rio, RJ -], médico.

III - Outra de origem italiana, a de José Brum [1887, Itália- 1954], que deixou geração com Olímpia Ciravegna [1887, Itália - 1963].

 

Na Bahia, entre as mais antigas, temos a de Belchior de Armas de Brum, que deixou geração do seu casamento com Francisca de Araújo, filha de Gaspar de Araújo e de Catarina de Gois. Entre os seus descendentes, registram-se:

I - o filho, Gaspar de Armas de Brum, Sargento-Mor em Ilhéus, em 1669;

II - o neto, Fernando Ribeiro de Souza, capitão de infantaria [1669] com serviços à milícia. Entre as provenientes dos Açores: para o Rio de Janeiro, passou em 1770, Vicente José Brum e sua esposa Clara Vitória de Jesus; em 1772, Manuel de Brum, com irmã e mãe, para reunir-se com seu pai; e em 1789, Antônia de Jesus Brum e quatro filhos menores.

 

Família estabelecida no Espírito Santo, à qual pertence o Capitão José Tavares de Brum, falecido antes de 1814, que deixou geração do seu casamento com Tomásia da Silva Medelo. Foram pais de José, Fortunado, Ana e Leocádia (Rheingantz, TC-2).

 

Família de origem inglesa, à qual pertence o negociante Estevan Brum, que passou para vila de São Sebastião, litoral de São Paulo, em 1809 (Registro de Estrangeiros, 1808, 59).

 

Sobrenome de uma família originária da Itália estabelecida, no século XIX, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, para onde passaram, em 1888, os lavradores Pietro Brum [1830 -] com esposa e três filhos; e Antônio Brum [1857 -], com três filhos.

 

Cristãos Novos: Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497.

 

No Rio de Janeiro: de origem espanhola, a de João Tomás Brum, «parte Cristão-Novo» [c.1640, Sevilha, Espanha - 1686, RJ], filho de D. Manuel de Castro y Lara e de Beatriz Gomes de Santillana. Deixou geração de seu casamento, em 1667, no Rio, com Branca Rodrigues Coutinho, nat. do Rio, judaizante, filha de Manuel Gomes Mourão, patriarca desta família de cristãos-novos, Gomes Mourão (v.s.), do Rio de Janeiro (Wolff, Dic.I, 29).

 

Família de origem judaico-achquenazi, migrada em fins do século XIX para o princípio do XX, para a Amazônia[Brasil] (Abrahyam Ramiro Bentes, 162).

 

Linha Africana: Em Ubá (MG), por exemplo, Francisco de Paula Brum, foi casado com Maria Pacheco de Medeiros [1805-1845], «parda forra»,com quem deixou geração.

 

Linha Natural: Entre tantas, a Importante família do ten. Joaquim José da Silva Brum [1771 - a.1852], filho «exposto», que deixou numerosa descendência, em Ubá, Minas Gerais, onde foi casado, em 1846, com Joaquina Josefa do Espírito Santo [1782, Campanha - 1852, Ubá], filha «natural» de Ana Caetana de Oliveira (Barata, Famílias de Ubá, B).

 

Heráldica:

 

I - de Guilherme Bruyn - em campo azul, três flores de liz de ouro;

II - Outros dizem ser um escudo de sinople, com nove bandeiras de ouro - postas 4, 3, 2 - e chefe de preto burelado de prata, de dez peças (Sanches de Baena, II, 34);

III - da Ilha da Madeira: um escudo em campo de prata, com faixa de vermelho carregada de três flores-de-lis de ouro, e chefe de azul carregado de três perdizes de prata.

Timbre: um perdiz do escudo.

 

 

Dei trasl.º                                                        

 

Escriptura de reconhecimento de divida que faz

João da Silveira Brum a Tristão Corrêa Dias.

 

Saibam quantos esta publica escriptura de reconhecimento de divida virem que sendo no Anno do Nascimento  de  Nosso Senhor Jesus Christo de mil oito centos e oitenta e sete , aos  cinco dias do mez de fevereiro do dito anno nesta Cidade de São José  d’Alem Parahyba, em o meu cartorio compareceram prezentes de um lado como Outorgante devedor João da Silveira Brum, lavrador, residente na freguezia de São Sebastião da Estrella deste termo, e de outra parte como Outorgado credor Tristão Corrêa Dias, lavrador residente na freguezia de Sant’Anna do Pirapetinga tambem deste termo, ambos reconhecidos de mim Tabellião pelos proprios e das testemunhas abaixo, do que dou fé; perante as quaes pelo Outorgante me foi dito que, tendo tomado e recebido do Outorgado por emprestimo diversas quantias na importancia total de dois contos quatro centos e quarenta e oito mil reis,  desta quantia reconhece e constitue-se devedor ao mesmo Outorgado e se obriga a pagar-lha no prazo de um anno contados da data da prezente escriptura, e juntamente o premio de um por cento ao mez da dita quantia contado desde esta mesma data até o effectivo e completo embolço da divida, e accressentou que os emprestimos  de que se originão a prezente divida forão-lhe feitas pelo Outorgado para satisfazer elle Outorgante outros debitos que tinha com terceiros e principalmente com José Coutinho da Silva Pereira, por escriptura de hypotheca que saldou e de cuja escriptura de quitação neste acto lhe é entregue traslado pelo Outorgado; e com Joaquim Lourenço de Souza com quem tambem saldou-o o Outorgado e tambem neste acto lhe entrega um credito resgatado da quantia principal de um conto seis centos e noventa mil e oitenta reis. E pelo Outorgado foi dito que aceitava a prezente escriptura de reconhecimento e constituição de divida nos termos acima expressados. E aprezentou-me a guia de Distribuição a meu Officio em data de hoje e o Talão seguinte: Numero tres  Renda Provincial Minas Geraes. Exercicio de mil oito centos e oitenta e seis á mil oito centos e oitenta e sete. A folhas do caderno de receita fica debitada ao Collector a importancia de nove mil reis recebida de João da Silveira Brum pelo imposto de Novos e Velhos Direitos para passar á Tristão Corrêa Dias escriptura de divida no valor de dois contos quatro centos e quarenta e oito mil reis. Collector Municipal de São José d’Alem Parahyba, quatro de Fevereiro de mil oito centos e oitenta e sete. O Collector Mello Sobrinho, Escrivão A. J. Marques. Pagou mais em estampilhas que abaixo vão collocadas a importancia de tres mil e duzentos reis. – E assim justos e contratados me pedirão este instrumento que sendo lido em prezença das partes e das testemunhas e achado em tudo conforme é assignou as Testemunhas a tudo prezentes Caetano Saldanha Marinho e Urbano Joaquim Saldanha Marinho. Eu Juvenal Coelho d’Oliveira Penna Tabellião a escrevi e assigno.

                           (ass.) Juvenal Coelho d’Oliveira Penna

                           (ass.) João da Silveira Brum

                           (ass.) Tristão Corrêa Dias

                           (ass.) Caetano Saldanha Marinho

                           (ass.) Urbano Joaquim Saldanha Marinho

 

Fonte: Cartório de Notas

           Além Paraíba (MG)

Obs.: Cópia ipsis literis;

          São Sebastião da Estrella: atual Estrela Dalva (MG);

          Sant’Anna do Pirapetinga: atual Pirapetinga (MG);

          São José d’Alem Parahyba: atual Além Paraíba (MG).

 

 

 

Dei 1o  Tdo                                                        Procuração bastante que faz

                                                                           José Pereira Brum.

Saibam quantos este publico instrumento de procuração virem que sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oito centos e oitenta e sete, aos dezesseis dias de Novembro do dito anno, nesta cidade de São José d’Alem Parahyba, Provincia de Minas Geraes, em o meu cartorio compareceu como Outorgante José Pereira Brum, morador em Porto Novo do Cunha desta cidade, conhecido de mim Tabellião e das testemunhas abaixo assignadas, do que dou fé, perante as quaes por elle Outorgante me foi dito que nomêa e constitue seu bastante procurador no Reino de Portugal ou onde com esta se aprezentar Francisco Vieira da Rosa, para em nome delle Outorgante como se prezente fosse, receber o que lhe coube ou venha a caber por herança de seus finados Paes Thomé Pereira (por alcunha de Arésta) e Maria de Jesus Brum, podendo para isso requerer tudo quanto for em bem do seu direito, entrar em accordo, em juizo ou fóra delle, assignar escripturas, termos e papeis, jurar em sua alma, fazer concessões, requerer inventario e seguil-o em seus termos até final, nomear e approvar louvados, fazer protestos, intentar acções e defendel-o nos que contra elle fazem intentados, uzando de todos os recursos permittidos, dar e receber quitação e substabelecer esta em quem convier e os substabelecidos em outros, concedendo para conciliação amplos especiaes e illimitados poderes. Declarou que os bens existem na Ilha do Pico, Reino de Portugal – freguezia de Silveira onde reside seu actual procurador, e tudo dará por valiozo e firme. E de como assim o disse lavrei esta que lida é assignada e dou fé. Eu Juvenal Coelho d’Oliveira Penna, Tabellião escrevi e assigno.

                                   (ass.) Juvenal Coelho d’Oliveira Penna

                                   (ass.) José Pereira Brum

                        Test.   (ass.) Jorge Rodrigues da Cruz

                        Test.   (ass.) Manoel Calambáu

 

 

 

Fonte: Cartório de Notas, livro 11, folhas 170v

            Além Paraíba (MG)

Obs.: São José d’Alem Parahyba: atual Além Paraíba (MG);

          Porto Novo do Cunha: principal bairro da cidade de Além Paraíba (MG);

          Cópia ipsis literis.

 

 

Dei 1o  Traslado                                        Procuração bastante que faz

                                                                  Dona Maria José Pereira Brum.

Saibam quantos este publico instrumento de procuração bastante virem que, sendo no Anno de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oito centos e noventa, aos quatro dias de Julho do dito anno nesta cidade de São José d’Alem Parahyba, em o meu cartorio compareceu como Outorgante Dona Maria José Pereira Brum, viuva de José Pereira Brum, moradora em São Luiz deste Termo e conhecida de mim Tabellião e das testemunhas abaixo assignadas, do que dou fé, perante as quaes por ella Outorgante me foi dito que nomêa e constitue seus bastantes procuradores com poderes in solidum e para o foro em geral a João Fructuoso Ferreira da Costa e ao Advogado Francisco Carlos Bricio especialmente para em nome della Outorgante promover a todos os actos e termos do inventario e partilhas dos bens deixados por fallecimento de seu marido José Pereira Brum, nomear e approvar louvados, jurar em sua alma, reconhecer dividas que forem verdadeiras e impugnar as que não o forem, requerer justificação de capacidade e assignar o termo de Tutela de seus  filhos menores, tudo requerer e assignar, uzar de todos os recursos em direito permittidos e seguil-os até maior alçada, substabelecer esta em um ou mais procuradores e estes em quem convier o que dará por valioso e firme. E de como assim o disse lavrei esta em que assigna. Eu Juvenal Coelho d’Oliveira Penna, Tabellião a escrevi e assigno.

                                       (ass.) Juvenal Coelho d’Oliveira Penna

                                       (ass.) Maria José Pereira Brum

                   Test.            (ass.)         ?

                   Test.            (ass.)         ?

 

Fonte: Cartório de Notas, livro 14, folhas 100.

            Além Paraíba (MG)

Obs.: São Luiz: atual distrito de Trimonte, município de Volta Grande (MG);

          São José d’Alem Parahyba : atual Além Paraíba (MG);

          Cópia ipsis literis.                                                                   

 

 

Santos Bastos e sua mulher a

Manoel Clemente Brum como se vê
 

    Saibão quantos este publico instrumento virem que no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oito centos e oitenta e cinco aos cinco dias do mez de Janeiro nesta Cidade de São José d’Alem Parahyba da Comarca de Mar de Hespanha em meu cartorio comparecerão partes justas e contractadas a saber, como Outorgantes Manoel dos Santos Bastos e sua mulher Dona Sebastiana Firmina Teixeira reprezentada neste acto pelo dito seu marido conforme a procuração que aprezentou e que fica registrada neste mesmo livro,  lavradores e rezidentes na freguezia de São Sebastião Termo de Muriahe, e como Outorgado comprador Manoel Clemente Brum negociante e morador nesta Cidade os prezentes reconhecidos pelos proprios de mim e das testemunhas abaixo assignadas, do que dou fé, e perante as quaes pelos Outorgantes marido e mulher assim reprezentados me foi dito que sendo senhores e possuidores, de sete alqueires de terras sito na freguezia de São Sebastião da Matta do Termo e Comarca de Muriahé, no lugar denominado Lavrinha e que divide por um lado com terras de Manoel Leal, por outro com João Bonifacio, por outro com os herdeiros do finado Misael, e por outro com Francisco Clemente Brum. E como possuem livres e desembaraçados, vendem como de facto vendido tem ao Outorgado Manoel Clemente Brum pelo preço e quantia de quatro centos mil reis, quantia esta que declarou o Outorgante já haver recebido do que dão plena e geral quitação, e desde já cedem e traspassão no dito comprador todo dominio, direito, acção e posse que nos ditos termos tem tido, e que se obrigão a fazer esta venda bôa. E pelo Outorgado Comprador foi dito  que  acceitava esta escriptura na forma em que está declarada e logo me aprezentou o bilhete de Distribuição e tallões do teor seguinte. Dou ao Primeiro Officio as escripturas de compra e venda que fazem Manoel dos Santos Bastos e sua mulher a Manoel Clemente Brum no valor de quatro centos mil reis. São José, cinco de Janeiro de mil oito centos e oitenta e cinco. Freixo Lobo: Setenta e um, Exercicio de  mil oito centos e oitenta e quatro e mil oito centos e oitenta e cinco, Rs. 24$000. A follhas do livro caixa fica debitado ao Collector pela  quantia de vinte e quatro mil reis, recebida do Senhor Manoel Clemente Brum para receber do Senhor Manoel dos Santos Bastos e sua mulher escriptura de dação no sobre tudo de sete alqueires de terras na freguesia de São Sebastião da Matta pela quantia de quatro centos mil reis. Collectoria de Minas Geraes, de São José d’Alem Parahyba em cinco de Janeiro  de mil oito centos e oitenta e cinco. O Collector Mello Sobrinho, o Escrivão Cordovil – Numero sessenta e sete. Renda Provincial Minas Geraes, Exercicio de mil oito centos e oitenta e quatro e mil oito centos e oitenta e cinco. A folhas do caderno de receita fica debitada ao Collector a importancia de tres mil reis (Rs 3$000) recebida de Manoel Clemente Brum pelo imposto de N. e V. D. para receber de Manoel dos Santos Bastos e sua mulher escriptura de dação no sobre tudo de sete alqueires de terras na freguesia de São Sebastião da Matta, por quatro centos mil reis. Collectoria Municipal de São José d’Alem Parahyba, cinco de Janeiro de mil oito centos e oitenta e cinco, o Collector Mello Sobrinho e Escrivão Cordovil. Depois de escripta esta em Tabellião a li perante elles que recìprocamente Outorgarão e acceitarão e assignão com as testemunhas a tudo presente, Leonardo José dos Santos Prazeres e Manoel Luiz de Souza. E eu Olympio Augusto de Magalhães, Tabellião que escrevi e assigno em publico e razo.

                                                            Em tt  O. A. M. da verdade.

                                                            Olympio Augus Declaro em tempo que assigna pelo Outorgante e procurador do Outorgante o seu filho Joaquim dos Santos Bastos por declarar que não sabia escrever. Eu Olympio Augusto de Magalhães, Tabellião que escrevi e assigno em publico e razo.

                                                            Em tt  O. A. M. da verdade.

                                          (ass.)         Olympio Augusto de Magalhães

                                          (ass.)          Joaquim dos Santos Bastos

                                          (ass.)          Manoel Clemente Brum

                                          (ass.)          Manoel  Luiz de Souza

 

Fonte: Cartório de Notas

            Além Paraíba (MG)

Obs.: Cópia ipsis literis.

 

 

 

                                                        Procuração bastante que faz

                                                                   João da Silveira Brum.

Saibam quantos este publico instrumento de procuração bastante virem que sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e oitenta e sete, aos cinco dias do mez de Fevereiro do dito anno nesta Cidade de São José d’Alem Parahyba, em o meu cartorio compareceu como Outorgante José Luiz Gonçalves, morador em São Sebastião do Parahyba do termo de Cantagallo, Provincia do Rio de Janeiro e conhecido de mim Tabellião e das testemunhas abaixo assignadas do que dou fé, e por elle me foi dito que nomeava e constituia seu bastante procurador ao Doutor Manoel Benicio Fontenelle para o reprezentar, promover e defender todo o seu direito, em qual quer Juizo e instancia com poderes tambem especiaes ou illimitados para tranzigir em Juizo conciliatorio, receber e dar quitação, prestar juramentos, e fazel-os prestar a quem convier, requerer registro ou inscripção e transcripção de hypothecas e titulos de immoveis e substabelecer esta e os substabelecidos em outros, o que tudo dará por valiozo e firme. E de como assim o disse lavrei esta em que assigna. Eu Juvenal Coelho d’Oliveira Penna, Tabellião a escrevi e assigno.                

                                   (ass.)     Juvenal Coelho d’Oliveira Penna

                                   (ass.)     José Luiz Gonçalves

                                   (ass.)     Caetano Saldanha Marinho

                                   (ass.)     João da Silveira Brum

 

Fonte: Cartório de Notas

            Além Paraíba (MG)

Obs.: Cópia ipsis literis.

 

 

Fonte: Luiz Fernando Hisse de Castro

 

 

Origens do Sobrenome

 

Família originária da Ilha do Fayal, que passou, antes de 1775, para Pernambuco, estabelecendo-se em Olinda. Procedem de Gonçalo Brum da Câmara, que trouxe a esposa, três filhos e uma irmã. Nota: ver separadamente os sobrenomes Brum e Câmara.

 

 

Origens do Sobrenome

 

 

Ramo dos Brum da Silveira. Família estabelecida no Rio Grande do Sul. A união dos dois sobrenomes teve princípio em Jacinto de Brum da Silveira [1803, Porto Novo, RS - 1874, Rio Grande, RS], que deixou numerosa descendência do seu casamento c.1824, RS, com Marcolina Mendes da Silva (de Oliveira) [1808, Porto Novo, RS - 1876, Porto Novo, RS], neta de Antônio Mendes de Oliveira, patriarca desta família Mendes de Oliveira (v.s.), do Rio Grande do Sul. Nota: ver separadamente os sobrenomes Brum e Oliveira.

Origens do Sobrenome

 

Inúmeras foram as famílias com este sobrenome que passaram ao Brasil, quase todas vindas da Ilha Terceira. A união dos dois sobrenomes teve princípio com Antônio de Brum, o Velho, nat. da Ilha da Madeira, filho de Wilhelm van der Bruyn, patriarca da família Brum (v.s.), na Ilha Terceira. Deixou memorável descendência de seu casamento, c.1548, com Bárbara da Silveira, também de origem flamenga, filha de Willem van der Haagen, que adotou o sobrenome Silveira (v.s.), na Ilha Terceira. Fizeram, juntos, testamento em 1585 (Nobiliário da Ilha Terceira, Tomo I, 163). Portanto, os Brum da Silveira e uma quantidade impressionante de famílias que se assinam Silveira, que portam brasões desta família em suas residências, não têm nenhuma relação com os Silveiras, de Portugal, pois são de origem flamenga, por via de um nome adotado.

Entre os seus descendentes: o bisneto Antônio de Brum da Silveira Leite, capitão-Mor do Fayal, que do seu casamento com Luzia da Terra da Silveira, originou-se a família Terra Brum; e a terceira neta, Maria de Ávila da Silveira Bettencourt, que do seu casamento com Sebastião de Faria Bulcão, originou um dos ramos da família Silveira Bulcão, que passou para Bahia (ver Bulcão).

 

Brasil: No Rio Grande do Sul, entre outras, registra-se a numerosa descendência de José de Brum da Silveira [c.1778, casado com Vicência Maria de Jesus e estabelecido em Porto Novo, Rio Grande, RS. Nota: ver separadamente os sobrenomes Brum e Silveira.

Origens do Sobrenome


Família estabelecida no Rio Grande do Sul, procedente do alferes José Faustino Corrêa [? -1826, Rio Grande, RS], que deixou larga descendência, com Victoria Dias de Oliveira; e do cap. Vicente Faustino Corrêa [? -1826, Rio Grande, RS, filho de Francisco Corrêa e de Isabel de Brum, naturais das Ilhas. Deixou descendência, com Francisca Ferreira Correia. Os descendentes do primeiro ramo foram aparentados, por diversas vezes, com a antiga família Porciúncula (v.s.), do Rio Grande do Sul.

Nota: Faustino: - nome de homem. Do latim Faustinu, derivado de Faustus (Fausto), feliz, próspero, de bom agouro (Antenor Nascentes, II, 109).

Origens do Sobrenome


Sobrenome de uma família de origem portuguesa estabelecida no Rio Grande do Sul, para onde passou Francisco Corrêa de Mirapalhete [Portugal- 1827, Rio Grande, RS], filho de Manuel Martins de Mirapalhete. Deixou descendência, nove filhos, com Catarina Dias de Oliveira, fal. 1826, no Rio Grande, RS.

Origens do Sobrenome

Sobrenome de origem toponímica, tomado à alguma propriedade onde se cultivam oliveiras. De oliveira, subst. comum (Antenor Nascentes, II, 223).

Portugal:

Vem esta família de Pedro de Oliveira, que foi o primeiro com este sobrenome, cujo filho Martim Pires de Oliveira, arcebispo de Braga, instituiu em 1306 o morgado de Oliveira, em seu irmão Mem Pires de Oliveira. Foi seu solar na freguesia de Santiago de Oliveira, donde esta família tomou o sobrenome, no concelho de Lanhoso. No tempo de D. Diniz I, rei de Portugal em 1281, já era «família antiga, ilustre e honrosa», como consta dos livros de inquirições desse rei (Anuário Genealógico Latino, I, 72).

Brasil:

 

No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, a de Bento de Oliveira [- 1657, RJ], que deixou descendência do seu cas. no Rio, em 1617, com Ana de Sampaio, n. no Rio, onde fal. em 1654 (Rheingantz, III, 35).

Rheingantz registra mais 47 famílias com este sobrenome, nos sécs. XVI e XVII, que deixaram numerosas descendências no Rio de Janeiro.

Antiga e importante família, de origem portuguesa, estabelecida em São Paulo, com ramificações na Vila de Santos, SP, à Angra dos Reis, RJ, que teve princípio no Cap.-Mor de São Vicente (1538) Antônio de Oliveira, de Portugal, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, primeiro lugar tenente do Donatário Martim Afonso de Sousa [1538-1542 e 1549-1552]. Deixou vasta descendência, do seu cas., em Portugal, com Genebra Leitão de Vasconcellos, n. em Portugal. Deste casal descendem os Oliveira Gago. Entre seus descendentes, registra-se Matias de Oliveira Lobo, de quem descendem os Oliveira Lobo (v.s.), de São Paulo.

Ainda em São Paulo, de origem portuguesa, a importante família de Rafael de Oliveira, «o Velho» [1572, Portugal - 1648, SP], filho de Maria Gonçalves. Deixou numerosa descendência de seus dois casamentos: 1.º, com Paula Fernandes, com a qual teve seis filhos, abastados fazendeiros no sertão de Jundiaí; e 2.º, com Catarina de Figueiredo d'Horta [- 1621, SP], matriarca de um dos ramos da família Horta (v.s.), de São Paulo, que por este casamento, descendem os Oliveiras e os Oliveira Horta (v.s.), de São Paulo.

 

No Rio Grande do Sul, entre as mais antigas, a de Domingos Fernandes de Oliveira, que deixou geração, por volta de 1734, na Colônia do Sacramento, com Quitéria Maria de Santo Inácio.

Ainda, no Rio Grande do Sul, a importante família Souza de Oliveira, à qual pertence Francisco de Souza de Oliveira [c.1730, Colônia do Sacramento -04.10.1792, em sua estância em Gravataí, RS]. Era irmã de Eufrásia Maria de Oliveira, que por seu casamento foi a matriarca da família Gomes de Carvalho (v.s.), do Rio de Janeiro. Francisco de Souza de Oliveira deixou numerosa descendência do seu cas., a 27.01.1766, em Viamão, RS, com Rosa Maria Seria [c.1751, Rio Grande, RS -], filha do Capitão de dragões Antônio Pinto da Costa e de Teodósia Maria de Jesus. Foram antepassados, entre outros:

I - do neto, o conselheiro Cândido Batista de Oliveira [08.02.1801, Porto Alegre, RS -], Professor da Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Diretor da Revista Brasileira, em sua 1ª fase, de 1857 a 1861. Ministro de Estado). Deixou geração do seu cas. com Ana Chagas;

 

II - a neta, Antônia Cândida de Oliveira [c.1813, Porto Alegre, RS -[, cas. com o alferes Marco Antônio de Azeredo Coutinho Ramos de Montaury, da importante família Montaury (v.s.);

III - o bisneto, Luiz Plínio de Oliveira [06.07.1834 - 24.05.1909], que por seu casamento, tornou-se patriarca da família Torres de Oliveira (vs.), do Rio de Janeiro.

 

Em Goiás, entre outras, registra-se a do alf. Luiz Antônio de Oliveira, nat. do Porto, que deixou geração, em Pirinópolis, do seu cas., por volta de 1775, com Maria Teodora do Nascimento, meiapontense (JJ., Pirinópolis, II, 259).

 

Na Paraíba, entre as mais antigas, a de João Gonçalves, que deixou descendência do seu cas. com Beatriz de Oliveira, nat. da Paraíba, do princípio do séc. XVII. Em Pernambuco, entre as mais antigas, a de Julião de Oliveira, nat. de Lanhoso, Guimarães (Portugal), que teve mercê do Hábito da Ordem de Aviz [1649], pelos serviços prestados em Pernambuco. Deixou geração do seu cas., em Porto Calvo (PE), com Maria de Abreu, filha de Francisco Camelo de Andrade.

 

Em Minas Gerais, entre muitas, a do Guarda-Mor João Batista de Oliveira [Freg. de Santa Luiza, Portugal -], filho de Romão Dias, nat. de Portugal, e de Catarina Batista de Jesus, nat. da Vila de Santa Cruz, na Ilha da Madeira. Deixou numerosa descendência, por onde correm os sobrenomes Oliveira e Oliveira Fontoura, em Minas Gerais, do seu cas., c.1745, com Ana Rosa da Fontoura, nat. da Freg.ª de N.S. do Rosário do Recife, Pernambuco. Filha de Manuel Pinheiro e de Inês Rodrigues de Oliveira Fontoura, patriarcas da família Pinheiro da Fontoura (v.s.), de Minas Gerais. Foram pais, entre outros, de Belchior Pinheiro de Oliveira [06.01.1748, Vila do Príncipe [(Serro), bisp. de Mariana, MG -], que serviu de Escrivão da Comarca dos Diamantes do Serro do Frio.

 

Na Bahia, entre muitas, ver a família Oliveira Junqueira.

 

Linha Indígena: No Rio de Janeiro, entre outras, registra-se a de Mateus de Oliveira, que deixou geração, por volta de 1662, com Catarina, «índia da terra» (Rheingantz, III, 40).

 

Linha Africana: Sobrenome também adotado por famílias de origem africana. Na Colônia do Sacramento a de José de Oliveira, «pardo forro» [filho de Gonçalo de Oliveira e de Luzia, sua escrava], que deixou geração, em 1754, com Eugenia Maria «parda forra» [filha de João Francisco e de Antônia de Souza, «preta forra»] (Rheingantz,Col., 3).

Em Minas Gerais, por exemplo, Alexandre Patrício de Oliveira, «pardo forro», nat. de S.J. d’El-Rei, filho de Domingos Rodrigues de Oliveira e de Serafina Cordeiro, deixou 5 filhos, nascidos em Campanha (MG), de seu cas. com Inácia Pereira «parda forra», filha de Francisco Pereira de Mendonça e de Vicência Maria de Andrade (Monsenhor Lefort - Campanha).

 

Linha Natural: Em São Paulo, por exemplo, Antônio Tomaz de Oliveira, nat. de Guaratinguetá, «filho natural» de Maria Antônia de Jesus, foi cas. em 1813, Itajubá (MG), com Maria Antônia da Silva, nat. de Guaratinguetá (Monsenhor Lefort - Itajubá).

 

Cristãos Novos: Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497. (Wolff, Dic.I, 146). Registra-se, por exemplo, Rachel de Eliau Jesurun d'Oliveira [c.1727-], que foi casada, em 1749, com Davi de Aron de Samuel Sarphati Pina, bisneto de Aharon Sarfatti, patriarca desta família Sarfatti (v.s.), de Pernambuco (Wolff, VI, 17).

 

Linha de Degredo e Cristão Novo: Registra-se, no Auto-de-fé celebrado na Igreja do Convento de São Domingos de Lisboa, a 09.01.1633, a condenação de quatro (4) anos de degredo para o Brasil, de Catarina de Oliveira, cristã nova, natural de São Martinho, Couto de Alcobaça, moradora em Lisboa, por se casar segunda vez (bigamia) sendo vivo o seu primeiro marido.

 

Nobreza Titular:

Em Mato Grosso, registra-se a família do Brigadeiro honorário João Batista de Oliveira [?, Cuiabá, MT - 14.05.1879, ídem], filho do Major do Exército Antônio Bernardo de Oliveira, português, e de Ana d'Alincourt, portuguesa. Neto paterno de Hermenegildo Alves de Oliveira. Neto materno de Luiz d'Alincourt, membro da importante família francesa Alincourt (v.s.). Foi agraciado com o título [Dec. 20.05.1863] de barão de Aguapeí [Serra onde nascem os rios Alegre e Aguapeí, distante 14 léguas a S.E. de Cuiabá, Mato Grosso]. Deixou geração do seu cas. na família Alves da Cunha (v.s.), de Mato Grosso.

Importante família, de origem portuguesa, estabelecida em São Paulo, para onde passou Estanilau José de Oliveira [Portugal - 1826, São Carlos, SP], professor jubilado de retórica de São Paulo, que deixou numerosa descendência do seu cas. com Maria Joaquina de Araújo [- 1842, vila de S. Carlos, SP], filha de José Ribeiro do Prado e de Ana de Araújo (SL, VII, 299). Entre os seus descendentes, cabe registrar:

I - o filho, José Estanilau de Oliveira [05.03.1803, SP - 04.09.1884, Rio Claro], alferes do regimento de caçadores [1826], agraciado, sucessivamente, com os títulos de [Dec. 30.05.1867], barão de Araraquara, que foi elevado para [Dec. 19.07.1870] o de Visconde do Rio Claro. Chefe do partido liberal no Rio Claro, em cujo município era proprietário de importante fazendas de cultura de café. Deixou geração do seu cas., com Elisa de Mello Franco, integrante da importante família Mello Franco (v.s.), de Minas Gerais;

II - o neto, Estanilau José de Oliveira (2.º) [1829 - 29.05.1902], filho do anterior, importante fazendeiro com cultura de café no Município de Anápolis. Foi agraciado com o título [Dec. 28.02.1885], de barão de Araraquara.

Deixou uma prole de 10 filhos, do seu cas. com sua prima legítima, abaixo denominada;

III - o neto, Dr. Luiz José de Mello e Oliveira [25.02.1837, Campinas, SP - 08.03.1901, São Paulo, SP], bacharel em Direito, pela Faculdade de São Paulo [1862], que foi agraciado com o título [Dec. 28.03.1885], de barão de Melo e Oliveira. Deixou geração do seu cas. com Ana Flora Vieira Barbosa [25.02.1849, Santos.SP - 17.05.1900, São Paulo, SP], baronesa de Melo e Oliveira, filha de Antônio José Vieira Barbosa, membro da família Vieira Barbosa (v.s.), de São Paulo;

IV - o neto, Coronel João Batista de Mello e Oliveira, diretor do Banco União de São Paulo, Senador Estadual e Vice-Presidente do Estado de São Paulo [1905];

V - a neta, Maria Joaquina de Oliveira [- 26.04.1926], que, por seu casamento na família Aguiar e Barros (v.s.), de São Paulo, tornou-se, em 1880, a 2.ª baronesa de Piracicaba; VI - a neta, Amália Carolina de Oliveira [1830, Campinas - 01.10.1910, SP], que por seu casamento, em 1847, na família Borges, de São Paulo, tornou-se, em 1889, a baronesa de Dourados, e a matriarca da família Oliveira Borges (v.s.), do mesmo Estado;

VII - a neta, Amélia Cândida de Oliveira da Luz [1840 - 27.12.1908, São Paulo, SP], que, por seu casamento com seu primo, denominado acima, tornou-se, em 1885, baronesa de Araraquara;

VIII - a neta, Ana Carolina de Melo e Oliveira [05.11.1841 - 05.10.1945, São Paulo, SP], que por seu cas., a 23.04.1863, com, com um membro da família Arruda Botelho (v.s.), de São Paulo, tornou-se a condessa do Pinhal; e

IX - a neta, Eudóxia Henriqueta de Oliveira [bat. 24.06.1836, Campinas, SP - 05.02.1874, ídem], que foi cas., a 23.06.1851, na importante família Cunha Bueno (v.s.), de São Paulo. Eudóxia, faleceu antes que seu marido fosse agraciado com os títulos de barão de Itaquari [1887], barão da Cunha Bueno [1887], e, finalmente, visconde da Cunha Bueno [1889]. Importante família, de origem portuguesa, estabelecida em Pernambuco, para onde passou Manuel Inácio de Oliveira [Braga - 25.06.1875, Lisboa], negociante matriculado na praça do Recife, filho de Antônio José de Oliveira e de Antônia Maria Moreira. Cavaleiro da Ordem de Cristo. Foi agraciado com o título [Dec. 22.07.1867] de barão de Ouricurí. Teve mercê da Carta de Brasão de Armas - detalhes adiante. Deixou importante descendência do seu cas. com Mariana Bernarda d'Almada [Ipojuca, PE -]. Foram pais, entre outros (11 filhos):

I - o filho, Felisberto Inácio de Oliveira [PE - 22.10.1870], negociante matriculado, que foi agraciado com o título [Dec. 22.06.1867] de barão de Cruangí. Teve mercê de Carta de Brasão de Armas - detalhes adiante. Foi casado com Maria Joana Lopes de Araújo [1850 -], da importante família Lopes de Araújo (v.s.), do Rio Grande do Sul, que tornou-se baronesa de Cruangí, perdendo este tratamento, por haver casado novamente com o barão de Pinto Lima; e

II - Francelina de Oliveira, casada, primeiro, na família Timm (v.s.), e segundo, na família Wild (v.s.). O barão de Ouricuri, chefe desta família, parece ter vindo com um irmão, Francisco Antônio de Oliveira, que tirou Carta de Nobreza, justificando sua ascendência, em 10.1846 (Boulanger - Archivo da Nobreza do Brasil). Família estabelecida no Maranhão, à qual pertence José Antônio de Oliveira, que deixou geração do seu cas., por volta de 1850, com Maria Segeins. Foram pais de José Joaquim Segeins de Oliveira [17.06.1858 - 22.05.1929], abastado agricultor e criador de gado no Maranhão, nas propriedades que herdou de seu progenitor. Foi agraciado com o título de barão de Itapari [12.05.1888]. Deixou geração do seu cas. com Hortência Sales, falecida depois de 1929, baronesa de Itapari, filha de importante família da Ilha da Madeira. Seus descendentes assinam Itapari, como sobrenome da familia. Registram-se, ainda:

I - Luiz Antônio de Oliveira, que por Decreto de 29.09.1883, foi agraciado com o título de barão de Trontaí;

II - Manuel Claudiano de Oliveira, que foi agraciado, a 11.10.1848, com o título de barão de Mogi-Mirim. Foi casado com Balbina de Toledo.

 

Heráldica:

   

 

 

I - um escudo em campo vermelho, com uma oliveira verde, arrancada de prata, frutada de ouro.

 

Timbre: a oliveira do escudo;

II - Moderno: um escudo em campo vermelho, com uma oliveira de verde, perfilada e frutada de ouro e arrancada de prata. Timbre: a oliveira do escudo;

III - De Domingos Joanes: um escudo em campo azul, com aspa de prata, acompanhada de 4 flores-delis de ouro;

IV - dos Oliveira-Silva: um escudo partido: o primeiro, em campo de ouro, uma oliveira verde frutada de negro; o segundo, em campo vermelho, um leão de prata, armado de ouro.

Timbre: uma flor-de-lis de azul (Armando de Mattos - Brasonário de Portugal, II, 53);

 

Brasil Heráldico:

 

V - Manuel Inácio de Oliveira, barão de Ouricurí, citado acima, ramo de Pernambuco. Brasão de Armas datado de 30.08.1867. Registrado no Cartório da Nobreza, Livro

VI, fls. 86: um escudo em campo de prata, partido; ao primeiro quartel, uma oliveira de sinople com frutas de ouro; ao segundo quartel, três faixas de azul, com uma abelha de ouro em cada uma. Coroa de barão. Timbre: uma cruz de goles florida e aberta;

VI - Felisberto Inácio de Oliveira, barão de Cruangí, citado acima, ramo de Pernambuco. Carta de Brasão de 30.08.1867. Registrada no Cartório da Nobreza, Livro VI, fls. 87): armas igual a de seu pai, o barão de Ouricuri (Sanches Baena, II, 201, 223);

VII - Antonio Joaquim de Oliveira [Lisboa-], que em 1774 era Capitão de Mineiros de Artilharia na Cdade do Porto, quando foi nomeado por D. José I, a Tenente-coronel e Lente da Aula do Regimento de Artilharia do Rio de Janeiro, conforme se nota na Comunicação enviada em Ofício de 18.09.1774, do Ministro da Marinha e Domínios Ultramarinos, Martinho de Melo e Castro, ao Vive Rei Marques do Lavradio. Coube-lhe, como Lente da recém-criada Real Academia, instalar a nova Escola na Casa do Trem de Artilharia, contígua ao Quartel do Regimento de Artilharia, na Ponta do Calabouço. O Tenente-coronel Oliveira permaneceu nestas funções até 1795, quando já Coronel, foi dispensado por motivo de saúde, sendo substituído por José de Oliveira Barbosa. Coronel - antes de 1795. Promovido a Brigadeiro Graduado em 13.05.1808. Filho de Francisco José de Oliveira e de Maria Joaquina de Miranda. Neto paterno de Braz de Oliveira e de Maria Madalena. Neto materno de Antonio de Miranda e de Ana Joaquina. Teve mercê da Carta de Brasão de Armas - detalhes adiante;

VIII - Francisco Antônio de Oliveira, que tirou Carta de Nobreza, justificando sua ascendência, em 10.1846 (Boulanger - Archivo da Nobreza do Brasil).

 

Fonte:Dicionário das Famílias Brasileiras, autores Antônio Henrique Cunha Bueno e Carlos de Almeida Barata.

Origens do Sobrenome


Sobrenome de origem religiosa. Do latim portiuncula, porçãozinha. Tirado de uma invocação da Virgem. Designava um campo perto da cidade de Assis, no qual se estabeleceu a primeira casa da Ordem de S. Francisco e no qual havia uma igreja consagrada a N. S. dos Anjos, mais tarde chamada N. S. da Porciúncula (Antenor Nascentes, II, 248).

Antiga família, de origem portuguesa, estabelecida no Rio Grande do Sul, para onde passou o Guarda-Mor João Antunes da Porciúncula [c.1697, Cartaxo, termo de Santarém - 1779, Rio Grande, RS], filho de Manuel Gomes e de Josefa Maria. Deixou numerosa descendência de seus dois casamentos: o primeiro, em 1727, na Colônia do Sacramento, com a espanhola Antônia Pinto [c.1707, Salamanca, Espanha - 12.06.1738, Rio Grande, RS]; e o segundo, em 1749, no Rio Grande, com Josefa Maria Barbosa [c.1729, Minas Gerais - 1802.1813, Rio Grande, RS], filha de Manuel Moreira Belo e de Maria Josefa de Menezes (Rheingantz, Rio Grande, 12). No primeiro casamento, preferiu a união do seu sobrenome Antunes, com o de sua esposa, Pinto, originando a família Antunes Pinto. Seus descendentes foram aparentados, entre outras, com as seguintes famílias: Soares da Silva, Ferreira Porto, Lamas [de origem argentina], Faustino Corrêa, Alves da Silva, Silva Ferreira, Jacinto de Mendonça, Silveira Gularte, Silveira Machado, Rodrigues Correia, Prestes, Gomes Jardim, Barrios [de origem uruguaia], Ribas, Garcia, Carvalho Prates, Gomes da Cunha, Belém, Homem do Amaral e Candiota. Entre os descendentes do guarda-Mor João Antunes da Porciúncula, registra-se seu filho, o Coronel Manuel Antunes da Porciúncula [bat. 05.10.1749, Rio Grande, RS - a.1795], proprietário de uma estância de 3/4 de léguas em quadro, confrontando ao norte com os campos de Francisco Pires, e rincão; o Sul, com o porteiro de Sebastião Francisco Betamio, a leste com terras de Miguel de Barros e a oeste com a praia da lagoa de Viamão. Também há este sobrenome em Pernambuco - séc. XIX.

 

Origens do Sobrenome

Sobrenome de origem geográfica. De silveira, subst. comum - silva, moita de silvas designação de várias plantas medicinais da família das Rosáceas [Antenor Nascentes, II, 282]. Diversas são as origens deste sobrenome. Entre outras, por adoção feita pelo holandês Wilhem van der Haagen ou Haghe, quando passou à Ilha Terceira (Açores), no século XV, passando a assinar-se Guilherme da Silveira. Dele descendem milhares de Silveiras e Silveiras Bruns, dos quatro cantos do Brasil. Este ocorrido, deveras importante e talvez desesperador para alguns, vem mostrar que uma quantidade impressionante de famílias que se assinam Silveira, vêm pagando um bom dinheiro pela aquisição de um desenho do Brasão de Armas, sem saberem que não têm nenhuma relação com a família Silveira, de Portugal, pois são de origem flamenga.

Outro grupo familiar com este sobrenome, procede da herdade e torre de Silveira, da qual era proprietário, junto à vila de Assumar, em Portugal.

Outra família Silveira, procede dos Pestanas e ambas descendem de Giraldo Sempayor, que ganhou Évora aos mouros, no tempo de D. Afonso Henriques, 1.º rei de Portugal, em 1139. O solar desta família é o morgado da Silveira, na província do Alentejo (Anuário Genealógica Latino, I, 88).

 

Brasil:

Em Minas Gerais, de origem portuguesa, entre outras, destaca-se a importante família do Dr. José da Silveira e Souza [Tomar - 1793, S. João del Rei], filho de Pantaleão de Souza e de Maria de Nazaré. Advogado, atuante em São João del Rei, onde deixou numerosa descendência de seu cas. com Maria Josefa Bueno da Cunha [ - 1806, S. J. del Rei], neta de Amador Bueno da Veiga. Entre os 10 filhos do casal, destaca-se a poetisa Bárbara Eliodora, que foi cas., em 1781, com o inconfidente Alvarenga Peixoto.

 

No Rio Grande do Sul, originária das ilhas portuguesas, registra-se a família do Capitão Francisco Pires Casado, que deixou numerosa descendência do seu casamento, por volta de 1722, com Felipa Antônia da Silveira. Alguns dos seus descendentes passaram para o Brasil, entre eles:

I - o filho, o Capitão-Mor de Ordenança Francisco Pires Casado [1724, Ilha do Pico - 06.12.1803, Rio Grande, RS], que deixou numerosa descendência de seu cas., c.1754, no Rio Grande (RS), com Mariana Eufrásia da Silveira [1732, Ilha do Faial - 09.04.1822, Rio Grande, RS], irmã de Mateus Inácio da Silveira, outro patriarca dos Silveira, do Rio Grande do Sul, por seu casamento, por volta de 1750, com Maria Antônia. Os descendentes deste casal Francisco e Mariana, foram aparentados, entre outras, com as seguintes famílias: Rebelo de Paiva, Gomes Viana, Rodrigo de Carvalho, Camará, Ávila e Chaves Barcelos;

II - o filho, o Capitão Inácio Antônio da Silveira [1743, Ilha do Pico - 04.02.1819, Pelotas, RS], que passou para o Rio Grande do Sul, onde deixou numerosa descendência de seu cas., em 1781, Rio Grande (RS), com sua sobrinha, Maurícia Inácia da Silveira [22.09.1758, Rio Grande, RS - 16.12.1821, Pelotas, RS], filha de seu irmão, o Capitão-Mor de Ordenança Francisco Pires Casado, citado acima no item I. Os descendentes deste casal, Inácio e Maurícia, foram aparentados, entre outras, com as seguintes famílias: Martins Viana, Silva Bastos, Oliveira Castro, Aquino, Moreira, Antunes Maciel e Soares de Paiva.

 

Em São Paulo, entre outras, cabe registrar a família do Governador Antônio Raposo da Silveira [Lisboa, Portugal - 1663, SP], que foi armado Cavaleiro de S. Tiago, por serviços prestados na defesa de um baluarte da fortaleza de Águeda, nas Índias, em 1641, e que recebeu do Rei a propriedade do ofício de Juiz de Órfãos de São Paulo, que deu em dote de casamento a seu genro. Foi Capitão-Mor e Ouvidor da Capitania de São Paulo. Deixou numerosa descendência de seu cas. com Maria Raposo de Siqueira [-1709, SP], neta de Antônio Raposo, patriarca desta família Raposo (v.s.), de São Paulo (SL, III, 5, 336).

 

Linha Africana: Sobrenome também adotado por famílias de origem africana.

No Rio Grande do Sul, registra-se a de Joaquim Silveira, «preto forro», cas., 25.02.1805, no Rio Grande, RS, com Mariana Gonçalves, «preta forra» (L.º3, fl. 85).

 

Linha de Degredo: Registra-se a sentença dada, a 31.08.1644, pelo Rei ao Desembargador Francisco Branco da Silveira. Foi condenado em dez (10) anos de degredo para o Brasil, sem beca, mas, como houvera discrepância de opiniões «foi el Rey ... por isso à Rellação e leu esta condenação e não assinou por ser muito tarde e se duvidar se só, ou com Juises».

 

Cristãos Novos: Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497. Para o Rio de Janeiro, ver a família Vale da Silveira (Wolff, Dic.I, 186).

 

Nobreza Titular:

Manuel Joaquim Silveira, foi agraciado, em 07.05.1868, com o título nobiliárquico de conde de São Salvador.

 

Heráldica:

I - um escudo em campo de prata, com 3 faixas de vermelho. Timbre: um urso de negro, armado de vermelho, sainte de uma capela de silvas de verde, preluzida de prata;

II - Outra forma: um escudo em campo de prata, com 3 faixas de vermelho e bordadura também de prata carregada de um ramo de silva, de verde. Timbre: um urso de negro, armado de vermelho, sainte de uma capela de silvas de verde, preluzida de prata;

III - dos Açores: um escudo partido: primeiro, em campo de ouro, uma árvore de duas copas, de verde, firmada num contra-chefe do mesmo; segundo: em campo negro, um leão de prata, armado, linguado e coroado de ouro;

IV - outra forma: um escudo em campo de ouro, duas coticas onduladas, de vermelho, acompanhadas de 6 flores-de-lis de vermelho, postas 3 e 3.

 

Timbre: uma pomba de prata (Armando de Mattos - Brasonário de Portugal, II, 129). Século XVI:

I - Álvaro da Silveira, morador em Borba. Brasão de Armas, datado de 23.12.1534. Registrado na Chancelaria do Rei D. João III, Livro X, fl. 26: um escudo em campo de prata, com três faixas de vermelho.

Elmo: de prata aberto, guarnecido de ouro.

Paquife: de prata e vermelho.

Timbre: meio urso preto cortado em sangue sobre uma capela de silvas florida de prata.

Diferença: uma flor-de-lis de azul com o pé de ouro. Filho de Francisco da Silveira, e neto de João Álvares da Silveira (Sanches de Baena, Archivo Heráldico, I, 14).
 

Fonte: Dicionário das Famílias Brasileiras autores: Antônio Henrique Cunha Bueno e Carlos de Almeida Barata.
 

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